domingo, 3 de maio de 2009

O COWBOY CRESCEU

Meu pai esses dias me lembrou o quanto gostava de brincar de cowboy, tudo iniciado por um Forte Apache que ganhei aos 5 anos de idade, chapéu na cabeça, lenço no pescoço e um revólver de brinquedo na mão, só muitos anos depois descobri o "sex appeal" que esses acessórios podiam proporcionar (com exceção da arma) afinal sexo por coação com arma de fogo só é bom para deixar a “coisa” da vítima mais apertadinha!!! RS

Deixando a brincadeira de lado pensei no fato que todo mocinho de filme guarda em si uma tristeza, uma experiência traumática que o torna eastwoodianamente blasé e durão. Esse personagem de Bang-Bang é afirmativo e categórico em seu silêncio, em seu apertar de olhinhos, na tragada seca e brucewiliana do rolinho de tabaco que nunca fumei e nem pretendo (do mundo de Malboro só aceito os cavalos).

Hoje é meio doido olhar para metade da minha família atônita com a suavidade que encaro minha “singularidade” não tão mais singular. A total condenação da leveza que levo minhas particularidades, minha auto-aceitação, da esperança que transformo em ação e me motiva, da iniciativa pelo novo, do investimento da minha própria existência como se eu pudesse passar os frutos das minhas conquistas materiais para um herdeiro direto e natural. A outra metade, os mais bem resolvidos (e felizes), foram arrebatados com a minha maneira de ser e formam a facção de pessoas mais equilibras, abertas e de bem com a vida que eu conheço. Pois pararam de pensar em regras e tradições, apenas conhecem e respeitam um mundo com pessoas distintas e toda carga de variáveis que isso possa trazer.

O Menino que brincava de Bang-Bang na sala e no quintal ainda é durão, corre atrás dos bandidos, salva a moçinha, apenas não pode beijá-la no final!

Um comentário:

Pavinatto disse...

Amigo, deixei de blogar... o domínio pavinatto.blogspot não é mais meu. Alguém o usurpou depois que desisti. Avisando...