TODO TRABALHADO NA FÉ

Não quero fazer apologia ou ataque a qualquer tipo de crença, muito menos ofender ninguém, não estou aqui para ser crucificado, o texto a seguir são devaneios de uma mente fértil. Portanto encarem as linhas abaixo como uma liberdade poética, uma visão crítica sobre o assunto na concepção gay. Minha intenção não é blasfemar, aliás, tenho uma fé na medida certa, pois fé de mais ou fé de menos não é algo legal.

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Nasci em família católica, porém logo que compreendi a minha situação, fui à busca de respostas e não consegui continuar onde havia sido batizado, ser gay já é algo tão cheio culpas e ainda temos que aceitar logo no começo um pecado original, além do mais, não acho certo aquele negócio das festinhas na sacristia ficarem apenas para "Employees and Staff" eu não “comungay” com isso, é literalmente uma sacanagem, está certo que gostamos de uma "água benta", mas isso não sustentou ficar nesta doutrina.

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Por falar em pecado, na balada gay tem sempre uma cesta cheia de maçãs algo bem simbólico, onde tem homens, existem pecados e obviamente cobras, Eva ficou meio de fora desse esquema, acho que ela nunca imaginou que as cobras iriam tomar um papel tão importante na vida do sexo “oposto”.

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Tentei budismo aquela coisa de altarzinho com o Buda em casa, não rolou, estava conflitando com o espaço dedicado aos cacarecos da Madonna, uma noite a Diva apareceu em sonho e me disse: - “Estou com Jesus, ou EU, ou ELE nesta casa! Para mim que sou gay não foi difícil botar "o Buda de fora".

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Falaram-me da Umbanda(até pensei que era algum tipo de grupo que detesta camisinha o famoso Condom Bléh!), eu fui ,...............expulso! Minha pomba era tão turbo que deu um “coió” na tal da pomba gira, a coitada apanhou tanto, que ficou pálida, tipo rosa bebê quando se deparou com a minha entidade lasciva, que além de girar, dava cambalhota, salto escarpado triplo e fazia Le parkour! Um misto de Diego Hipólito com Tazz do Looney Tunes, uma correria só.

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Eu até ia tentar o judaísmo, mas por ser a favor do "uncut" achei melhor não enveredar para esses lados, mesmo por que não ia me sentir bem de usar o quipá “dê” ntro da sinagoga, mas tive interesse em conhecer o lugar onde eles bebem, porém ficaram bravos quando perguntei onde ficava o tal Bar Mitzvah.

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Teve uma época que recebia aos domingos pela manhã, um casal de testemunhas de Jeová, logo depois da balada. Era um barato, eles falavam, falavam e eu naquele residual da colocação, viajando longe. Olha nada melhor que uma pregação para dar sono após uma noite na função, pena eles não aparecem mais em casa, ficou bem claro que a revistinha “Despertai” não funcionava comigo.

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Parti para o Santo Daime, gente que viagem! Nós que já usamos coisinhas por ai acabamos seguindo um padrão de vibe no comportamento, fiquei numas de “Daime” uma pista de dança, “Daime” um Set do Peter houfer, “Daime” um queijo para subir, o povo me puxando pelas pernas para descer da janela, olha, uma função total.

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Já estava quase desistindo, quando um amigo me apresentou o Kardecismo, fiz vários cursos, pois levou um tempo para entender que “espírita” não é mulher do “espírito”, que não dá para fazer tricô com a “Lã Kardec” e que o “Passe” não se usa em condução. Como bom ariano estou procurando desenvolver ao extremo a minha capacidade de contato com o outro plano, quero ser “máximum”, pois médium é uma coisa obsoleta, desejo receber em full HD e Dolby Surround, definitivamente é a doutrina que mais me identifiquei, afinal gay adora um encosto.

SUCESSOS DE BILHETERIA NA BALADA GAY

Ilustração by Gustavo Perrella

A arte imita a vida e a vida imita a arte, comédia, drama, romance, aventura, terror ou ficção. Se eu fosse associar títulos de filmes a situações ou comportamentos de certas pessoas do meio gay as coisas ficariam meio assim:

Quando eu vejo aquela Barbie madura, ativa e que tem vários parceiros eu já me lembro de "O Senhor dos Anéis" – The Lord of Rings. Também tem aquela louca que não mede esforços e anabolizantes para ganhar musculosos ignorando todas as precauções com a saúde – Esse comportamento fica com o título de “Exterminador do Futuro” - Terminator.

Já passou pela situação de estar junto da galerinha na pista de dança, todos eles adeptos dos shakes protéicos e albumina, de repente chega aquele budum no ar - tipo “A Brisa da Morte” - The Dark Wind ou “A Névoa” - The Fog.

Vai à boate dançar entre os dois queijos da frente e o DJ onde a “função” pega fogo - uma coisa “Atrás das linhas Inimigas: O Eixo do Mal “- Behind Enemy Lines: Axis of Evil. Por falar em DJ, sabe aquele residente recém contratado e ainda sem traquejo musical, “ruizinho” e que sempre colocam para tocar na primeira hora da pista, o famoso “Resident Evil” - ninguém merece.

Tem a hora que você vê aquele carinha fantástico, mas que depois de algum tempinho na balada observando direito percebe o quanto ele solta a franga - Esse é o famoso “Efeito Borboleta” -The Butterfly Effect. Ou aquela viciosa que chega primeiro no Dark Room - faz a linha “Sozinho no escuro” - Alone In the Dark.

Uma vez no carnaval no Rio de Janeiro eu me deparei com um americano que ficou na minha cola em todas as festas. Um verdadeiro “Pesadelo Americano” -American Meltdown. Que toda hora chegava perto com aqueles “Olhos Famintos” - Jeepers Creepers.

Quem nunca teve “Uma noite Alucianante” – Evil Dead, onde começou a passar mal - “Suando Frio" - Chill Factor, abusou do GHB, apagou e não lembra de nada - total “Memórias Perdidas” - Lost Memories, isso foi um efeito - “Colateral” – Collateral - indesejado.

Há quem depois da balada organize um “Chill out “regado a sexo, famosa suruba, o dia que coincidir 11 participantes, vai tentar rolar um clima “Onze homens e um segredo” - Ocean's Eleven. Principalmente no final do ano passado, naquele condomínio ao lado do Hotel da Praia Mole onde “Eu sei o que vocês fizeram no verão passado” - I Know What You Did Last Summer.

Tenho um amigo que foi passando da androgenia para uma mudança radical Drag Queen, isso só poderia ficar com o título “Transformes”, e que hoje em dia fica oscilando “Vitor ou Victória?”. Mas desde jovem usava “Perfume de Mulher” - Scent of a Woman e a família ainda ficava na dúvida “Será que ele é?” - In & Out - francamente.

Eu conheci um ex gogo boy, que esta se relacionando com uma “passivona” velha, porém muito rica, ele realmente investiu na “Roda da Fortuna” - Band Wagon -do cara. é “Tudo por amor” – Dying Young - ao dinheiro.

“Como se Fosse a Primeira Vez” - 50 First Dates é a “Vibe” que todos procuram reviver quando vão tomar uma nova balinha, infelizmente “A Sensação“ – Sensation - nunca será a mesma, sem falar no “Corra que a polícia vem aí” - From the Files of Police Squad - quando os “dealers” de plantão percebem que pintou sujeira na área.

Moçada para finalizar, domingo que vem tem Pool Party na Garden não acabem transformando aquilo no “Jardim do Pecado” - Garden of Evil e nem extrapolem seus desejos “Muito Além do Jardim” - Being There, levem as coisas “No Limite” - The Edge fazendo bom uso da “Razão e Sensibilidade” – “Sense and Sensibility” afinal “A Vida é Bela” - La vita è bella.