Hoje com 40 e “uns” anos, tenho plena noção que passei metade da minha vida nessa maratona embebida em shakes protéicos, cápsulas e algumas “injeções de ânimo”.
Em março de 2003 fui convidado pela revista G-Magazine a participar de uma matéria que falava sobre rapazes que cuidavam do corpo e da mente, para meu espanto o título do artigo foi "Barbie um mundo real". Confesso que não fiquei muito feliz com a menção Barbie, onde me recordo de ter ouvido esse termo pela primeira vez em um carnaval que passei no Rio de Janeiro em 1987, quase arrumei encrenca, achei que fosse um jargão local, mas logo percebi que outras capitais também adotaram essa palavra para citar rapazes mais robustos.
Isso me intrigou e fui atrás de justificativas plausíveis para essa associação de imagem com a notória boneca, a que mais apareceu nos textos foi quanto à perfeição do corpo da boneca em relação a treinos e dietas que deveria ter se submetido para chegar aquele patamar, tudo bem nesse ponto tinha algo haver e ao mesmo bastaria sofrer anorexia? Sempre gostei de praia, graças a Deus não recebi o apelido de Barbie Malibú e também nunca conheci nenhum Ken, alguém já abaixou a calça desse boneco? Não é a toda que a boneca Barbie seja tão fútil e compensa nas compras o vazio existencial que a ausência de genitália do seu parceiro.
Lembro-me do boneco Falcon, pelo menos possuía uma cueca modelo slip de plástico rígido azul que lhe dava um ar mais viril e sério. Na minha infância tentei tirar essa peça íntima dele com uma chave de fenda, suas pernas e tronco voaram pelos ares e isso chegou a ser pauta de sessão com a analista, acho que foi minha primeira experiência a me ensinar que não se pode “forçar a barra”.
Os acessórios são uma constante na vida de uma Barbie óculos D&G ou Prada, cuecas Aussiebum, calças Diesel e Camisetas... (bom camisa e camiseta é algo efêmero na vida de uma Barbie, elas compensam isso no uso de camisinhas), afinal a peça de vestuário da cintura para cima são tiradas nos primeiros 60 minutos de balada, mas isso é assunto para uma postagem futura.
Pela idade e origem deveria ser chamado de Susi afinal ela também nasceu na década de 60, produto da Estrela e como sabemos, estrelismo é coisa de Barbie. A Susi também é um pouco mais cabeçuda que sua concorrente americana, mas é algo que tem haver com meu temperamento mais teimoso.
Enfim, pelas picanhas não comidas, as cervejas não bebidas, doces dispensados e infindáveis horas de exercício posso dizer nesses 20 e poucos anos de treino que “Ser Barbie cansa!”
Pela idade e origem deveria ser chamado de Susi afinal ela também nasceu na década de 60, produto da Estrela e como sabemos, estrelismo é coisa de Barbie. A Susi também é um pouco mais cabeçuda que sua concorrente americana, mas é algo que tem haver com meu temperamento mais teimoso.
Enfim, pelas picanhas não comidas, as cervejas não bebidas, doces dispensados e infindáveis horas de exercício posso dizer nesses 20 e poucos anos de treino que “Ser Barbie cansa!”
2 comentários:
Ric, demais te ler!! Muito legal.
Bjos.
Arrazou!
Postar um comentário